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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Desacorçoado!
Domingo passado 55.752.529 brasileiros deram à luz, 43.711.388 ficaram órfãos e outros 36.339.177 se recusaram a fazer o teste de DNA!

Acordei órfão no dia seguinte à eleição! Desacorçoado! Isso mesmo! Envergonhado, humilhado, perdido, sem saber para onde ir, prostrado e infeliz!

No processo de vencer esta eleição a qualquer preço, Lula degradou, dividiu e brutalizou o povo brasileiro!

Desde que Lula estacionou o carro de som do sindicato no meu ouvido escutei todo tipo de ódio e verborréia!

Repito! Lula falou barbaridades, foi vulgar, banalizou escândalos, debochou da ética, da educação, de valores básicos de qualquer sociedade como a legalidade, a justiça e a honestidade.

Lula foi onipresente, ébrio, destilou ódio, foi autoritário, fez ameaças, agrediu, acusou, e pretendeu esmagar a oposição!

A vitória de Lula é a vitória da intolerância!
É uma vitória sem virtudes e sem nenhum propósito moral!

Como em Hamlet e com o espírito envenenado só me restou o silêncio... por uns dias!


Agora volto para dizer que tenho esperança!
Lula vai passar! Tudo sempre passará!

É hora de parar de lutarmos contra nós mesmos!
É hora de reconstruir novamente!
É hora de reencontrar a compaixão o significado e o sentido de brasilidade!

É hora de articular uma visão de país.
Uma visão de país que crie uma nova realidade.
Uma visão que gere o futuro, a partir da possibilidade, ao invés da resignação frente ao futuro conhecido!

Uma visão coletiva sobre o futuro do país!
Uma visão de país que apaixone e transforme os brasileiros em atores do seu próprio futuro!

É preciso criar uma visão de esperança.
Sem esperança nós nunca alcançaremos nossos sonhos.

É hora de colocar um programa e uma proposta de governo alternativo ao que está aí!

Um programa que demonstre como trazer mais investimentos, mais empregos, mais renda e mais crescimento!

Um programa de governo que tire milhões de pessoas da pobreza extrema que acabe com o analfabetismo, que melhore a qualidade e a expectativa de vida do brasileiro!

Um programa que demonstre que podemos ter um futuro sustentável com justiça social e bem estar!

Pero... hay que tener cojones!

Além de uma visão de país e um programa de governo é preciso também uma oposição sistemática e implacável!

Uma oposição que não seja centrada em pessoas ou neste ou aquele partido!
Uma oposição que crie uma rede de relacionamentos onde nenhum de seus membros se sinta sozinho!
Uma oposição que restabeleça o senso de comunidade!

Uma oposição que diga a verdade, que não manipule, que não engane, que não seja egoísta, que não vise a preservação do poder ou postergue a realidade desconfortável.

Uma oposição que saiba e queira aprender!
Uma oposição que informe e seja informada!
Uma oposição que não espere que seus líderes saibam todas as respostas!

Uma oposição apaixonada pela compaixão!
Uma oposição que nutra, fortaleça e permita que o melhor na natureza do ser humano brasileiro floresça!

Epílogo

Nesta eleição nós não lutamos contra um inimigo, nós lutamos contra o que há de pior dentro de nós mesmos!

Nós lutamos contra o ódio, o rancor e o preconceito!

Nós lutamos contra um homem, Lula, o pior entre nós!

Dizem alguns historiadores que, já inválido, Corisco não teria resistido e dito somente: Maior são os poderes de Deus!

Eu fico com a ficção de Glauber Rocha... Maiores são os poderes do povo!



segunda-feira, 28 de junho de 2010

José Serra e o Cavalinho de Balanço!

Há alguns anos estudo o tema das campanhas políticas sob o ponto de vista da comunicação.
Confesso que nunca pus os pés numa campanha política! Mas sobre comunicação eu entendo um pouco!
Quem acompanha a atual campanha política, como eu, pelo que é publicado na imprensa, pelas pesquisas, pelos blogs e pelo twitter, poderia ficar com a falsa impressão que a fatura está liquidada antes mesmo da campanha começar!
O crescimento previsível da candidata da situação somado aos impasses enfrentados por José Serra e a estagnação nas pesquisas de Marina Silva, contribuem para essa sensação!
Aprendi desde cedo, no mundo dos negócios, a não confundir movimento com progresso. Um cavalinho de balanço... balança... balança... mas não anda para a frente!


"A rocking horse keeps moving but does not make any progress."

O Impasse de José Serra

Em uma campanha política (como no mundo dos negócios) os problemas começam quando o "staus quo" deixa de produzir resultados!
Os eleitores vêem as coisas de maneiras diferentes, se polarizam e ficam presos às suas posições. O resultado do impasse é a visão estreita (visão de túnel) do que é possível!
Um dos sintomas do impasse é que ele independe do que José Serra está falando... mas sim o que... e se os eleitores estão ouvindo!
Como resolver o impasse? Não há outra saída senão inovar! Impasses são sempre resolvidos por mudanças que eram inimagináveis num primeiro momento.
Confrontado por uma candidata que não tem preparo, não tem empatia, não é crível e simplesmente não é interessante, mas que se impõe pela força do projeto de poder de seu padrinho malandro e inescrupuloso é preciso que José Serra comece a inovar.
E a inovação começa por articular uma visão para o futuro.
Uma visão de país que crie uma nova realidade. Que ajude ao eleitor a entender não só o que está acontecendo e pode vir a acontecer no futuro mas principalmente a perceber como ele, José Serra, poderá influenciar e melhorar os resultados no futuro.
Os eleitores precisam perceber uma orientação que gera o futuro, a partir da possibilidade, ao invés da resignação.
Só assim os eleitores irão perceber que José Serra pode criar um futuro novo ao invés do futuro conhecido.
Uma visão de futuro minimiza a incerteza, inspira confiança no sucesso, prevê mudanças, cria possibilidades que ainda não existem, satisfaz necessidades ainda não articuladas pelos eleitores, enfim desenvolve um ponto de vista coletivo sobre o futuro do país.
Uma visão alinha as pessoas na medida em que compartilha o mesmo conjunto de valores premissas, argumentos e objetivos.
Uma visão faz com que os eleitores deixem de ser meros observadores e reativos e passem a ser atores do futuro.
É preciso criar uma visão de como o futuro pode ser diferente do passado ou do futuro "chapa branca"! É preciso criar uma visão de esperança. Sem esperança nós nunca alcançaremos nossos sonhos.

Falando francamente!

José Serra, com receio de afrontar a popularidade do atual presidente, se comporta como uma criança que silencia e se distancia dos pais para evitar o conflito!
O "politicamente correto" é uma maneira de não falar! Ser e falar o "politicamente correto" obscurece o problema e tende a manter o impasse e o status quo.
Discursar por si só não produz novas realidades, mesmo discursos realizados por brilhantes oradores, na maioria das vezes só reproduzem realidades conhecidas.
Falar superficialmente com muitas pessoas não ajuda. É preciso focar nos valores, sentimentos e intenções dos eleitores.
Muitos impasses tem na sua base o fato de que os eleitores não se sentem enxergados ou ouvidos. Impasses só podem ser resolvidos falando francamente o que na maioria das vezes demanda coragem na medida em que expõe o que se passa nas nossas mentes e corações.
Quando José Serra falar de coração, com paixão e tomar posição sobre um determinado assunto o diálogo irá se aprofundar e ganhar densidade.
Falar francamente facilita e cria o contraste necessário para despertar a vontade de ouvir no eleitor. Falar francamente não somente sobre o que funcionou no passado mas sobre as escolhas que emergem. Se os eleitores não ouvem o que é possível, sobre o que pode ser... mas ainda não é... José Serra não poderá criar uma nova realidade, criar algo novo.
Só é possível criar novas realidades quando nos abrimos, vemos, escutamos e falamos com humanidade com o coração, subjetivamente, com genuína e espontânea vontade de persuadir.
É preciso sair da zona de conforto e começar o diálogo!
Um diálogo é relacionamento interpessoal, é criar confiança que gera alinhamento.
Falar francamente é a chave para o desenvolvimento de novos conceitos e para a inovação.
Falar francamente é chave e a base para a criatividade.

Simpatia e Empatia

Simpatia ajuda a considerar alternativas existentes.
Empatia ajuda a comparar as alternativas existentes mas principalmente a gerar novas alternativas.
Empatia é estar em comunhão com os eleitores e reconhecer que estamos todos radicalmente conectados.
José Serra precisa fazer os eleitores sentirem e lembrarem do propósito maior, comum a todos, do que importa para eles individualmente ou coletivamente como um grupo. É preciso abordar o compromisso de valores que é compartilhado por todos.
O psicólogo americano Carl Rogers dizia que "o que é mais pessoal é mais universal".
Parafraseando Rogers eu diria para José Serra que ser empático é falar do futuro com os olhos do eleitor e não ver o seu futuro refletido nos olhos dos eleitores!
Finalmente, frente ao impasse, e falando francamente, lembro a todos que a campanha não começou ainda e que "circunstancias extraordinárias transformam pessoas comuns em heróis"!
No mundo corporativo é conhecido o ditado "Se você não é parte da solução então você é parte do problema"!
Chegou a hora de José Serra demonstrar como e porque ele é parte da solução!