sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O Enigma da Pirâmide!



Do outro lado do mundo, a Tunísia e o Egito mostram que o povo tem o poder nas mãos e melhor ainda, que o povo pode retomar o poder quando este for usurpado!

A imprensa mundial e brasileira celebram a mobilização em curso no Oriente Médio como "profundamente ocidental na alma".

Clóvis Rossi em sua coluna (03/02/11) na Folha de São Paulo faz referência ao "espírito de 1776, o ano da independência norte-americana, seminal na história da democracia"

"De alguma maneira, e guardadas as imensas diferenças geográficas, históricas, culturais etc., é a reprodução do levante húngaro contra o comunismo de 1956 e do movimento dos alemães orientais que acabou levando à queda do Muro de Berlim, primeiro, e a do comunismo não muito depois".

Sem nenhum receio de ver Ayman al-Zawahiri eleito deputado constituinte no Cairo, por um eventual PIM (Partido da Irmandade Muçulmana), Clóvis Rossi conclui que "a idéia de democracia goza de extraordinária saúde... ainda que definida de maneira frouxa... o Ocidente não tem o direito de desperdiçar a chance de dar conteúdo a uma ideia que é tão sua, por mais deturpada que tenha sido".

O Retorno da Múmia!

Enquanto o sangue rolava na praça Tahrir no Cairo, assistíamos em Brasília, na praça dos Três Poderes, de maneira complacente e consentida, abraçados solidariamente, pelo voto, à posse de José Sarney, a múmia emblemática do que existe de mais reacionário, oligárquico e arcaico na política brasileira.

José Sarney assumia pela 4ª vez um congresso dominado pela covardia moral, pela venalidade, pela corrupção e pela impotência da razão ante os apelos da cobiça, da ambição egoísta pelo poder!

Além de lembrar que as "cápsulas de gás lacrimogêneo disparadas pela polícia contra os manifestantes na praça Tahrir em Cairo traziam a inscrição "made in USA", Clóvis Rossi poderia lembrar também que o congresso norte-americano tem 435 deputados eleitos pelo voto distrital desde o século 18!

Nós, brasileiros com pouco mais da metade da população e 10% da renda per capita dos americanos, sustentamos o 2º Congresso mais caro do mundo (só perdemos para eles) com 513 deputados eleitos pelo voto proporcional!

O Brasil só começará a mudar quando fizermos a reforma política: Sem sangue, sem nenhum casuísmo! Com o voto distrital!

Lembro uma frase de Abraham Lincoln um dos que fizeram a tão celebrada e imperfeita democracia americana:

“Este país, com suas instituições, pertence ao povo, que nele mora. Quando ele estiver cansado do governo existente, deve poder sempre exercer o seu direito constitucional de reformá-lo, ou o seu direito revolucionário de derrubá-lo”.

É hora de ruptura! É hora de evolução! É hora de do voto distrital Já!

Saiba como funciona o voto distrital! Assine o abaixo-assinado "Eu Voto Distrital" e divulgue para seus contatos. Vamos juntos fazer democracia! http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N5962

2 comentários:

  1. O colunista Clóvis Rossi, da Folha, foi de uma infelicidade à toda prova. Espanta como um jornalista possa querer passar diploma de analfabetos nos seus leitores. A menos que, como é função da imprensa representar seus grupos (ler Tocqueville) ele o faz e o faz bem feito. Só assim compreendo a comparação com NY retratada no filme as Gangs de Nova Yorque daquele 1776. Mas para quem leu e constantemente consulta os Federalists Papers o que aquele moço diz, faz chorar. Nós brasileiros temos outros caminhos porque temos outra História e não porque devamos pegar carona em uma oportunidade tão perigosa para os países em ebulição.

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  2. Gostei do blog. Tem mais um seguidor: o Fusca das charges indóceis com corruptos, petralhas e pleonasmos similares.

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