sexta-feira, 28 de maio de 2010

O que Lula foi fazer no Irã? A resposta é simples: Ahmadinejad dá mais Ibope que Evo, Chávez e os irmãos Castro... somados!
O oportunismo falou mais alto e Lula não conseguiu resistir a tentação e à brecha aberta pela conversa educada, civilizada e explicitada na carta do Obama.

Do ponto de vista de comunicação, ao se tornar protagonista e se meter em briga de cachorro grande Lula joga para a arquibancada e apela mais uma vez para a auto estima do povo brasileiro que anseia ver o Brasil inserido no cenário internacional.

Lula usa a política externa brasileira para dar continuidade a política interna, desta vez em ano de eleição. Ao chamar para si os holofotes, Lula desvia a atenção de sua candidata visivelmente despreparada e do debate eleitoral "menor", ao mesmo tempo que constrói sua imagem de "estadista" e seu cacife retórico para bancar a eleição sua candidata.

Não é de hoje a bravata demagógica nuclear e a retórica eleitoral oportunista do presidente inspirada na frase de Aparício Torelly, o Barão de Itararé, aquele da batalha que nunca houve, "Ou restaura-se a moralidade, ou locupletemos-nos todos!"

Ainda candidato em 2002, durante reunião com militares e ex-ministros do regime militar, criticou a ratificação do TNP pelo governo de FHC (olha o inimigo aí!): "Só teria sentido esse tratado [TNP] se todos os países que já detêm [armas nucleares] abrissem mão das suas. Ora, por que um cidadão pede para eu me desarmar, para ficar com um estilingue, enquanto ele fica com um canhão para cima de mim (olha o inimigo aí de novo!)? Qual a vantagem que levo? O Brasil só vai ser respeitado no mundo quando for forte econômica, tecnológica e militarmente."

Questionar a ratificação do TNP - durante o governo de FHC - introduz o tema da política externa na campanha política brasileira estabelecendo o contraste com um eventual governo tucano, como diria Marco Aurélio Garcia "países que expressam seus pontos de vista são respeitados, ao contrário dos que ficam de cócoras” ou dito de outra maneira por Lula em outra ocasião "Eu disse para os meus ministros que aquele que tirasse o sapato deixaria de ser ministro"!

Qual a vantagem que Lula leva? Lula quer discursar aqui dentro como "O Cara" que enfrentou o império e vitaminar a candidatura de Dilma Rousseff caricaturando seu oponente como descalço e de cócoras! Um vendilhão capaz de coisas menores como implicar com o "companheiro Evo" ou até... pasmem privatizar a Petrobrás!

Na cabeça de Lula e na sua estratégia do "se colar... colou!" só ele sai ganhando!

Se de alguma forma a estratégia "colar"... é a glória!
Secretário Geral da ONU é pouco... e dá muito trabalho... o que "O Cara" quer mesmo é o Premio Nobel da Paz... tradicionalmente anunciado em princípios de Outubro... antes do 2º turno das eleições presidenciais brasileiras... de preferência!

As chances do Obama ser o primeiro presidente americano a "piscar" e permitir que Ahmadinejad tenha a bomba e risque Israel do mapa são praticamente nulas! Mesmo porque Israel não vai deixar a bola quicar nem uma vez como fez com o Iraque em 1981!

Se a estratégia não "colar" e vierem as sanções ou a guerra... restará a imagem do "pacificador", do discurso interno da inserção brasileira na "nova ordem mundial!" Blá, Blá, Blá!

Para Lula a estória pode terminar bem ou mal. O mundo pode até ficar mais perigoso. Mais um mito... o do pacificador de Garanhuns já terá sido criado!

Um comentário:

  1. Meu querido Ronaldo, Tem um ponto fundamental nesta história macabra. Pode ser uma aberração mais o Sapo Barbudo tem uma idéia fixa de ser o No. 01 da ONU. Pode ? Para nós mortais, isto é um negócio impossível, mais !!!.
    Um grande abraço

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