segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores!



Minha filha Ana, bióloga e mestranda em ecologia aplicada, me questionou outro dia porque eu não escrevia mais (e bem) sobre a candidata Marina Silva.
Já escutei o mesmo questionamento partindo de outros jovens.
Me interesso muito sobre o tema do desenvolvimento sustentável e já escrevi aqui pelo menos 4 textos a respeito.
Admiro muito a candidata Marina! Sua vida é um bom exemplo para ser seguido por milhões de jovens brasileiros confrontados com os horrores, infortúnios e desventuras da desigualdade.
Marina Silva é a única entre os 3 principais candidatos que traz consigo uma mensagem de moderação, responsabilidade e compaixão!
Os outros dois são desenvolvimentistas na essência. Para ambos o crescimento é a panacéia para a cura de todos os nossos males.
Minha admiração pela candidata Marina, infelizmente, é proporcional à decepção que sinto por ver a mensagem do desenvolvimento sustentável, se confundir com a mensagem do meio ambiente.
Talvez seja pela força do nome do seu Partido, o Verde, ou por carregar consigo o rótulo de Ministra do Meio Ambiente, ou quem sabe até, por ser difícil processar novas informações em mentes formadas para escutar somente informações conhecidas.
Como, por exemplo, questionar o valor de mais crescimento ou até fazer uma simples distinção entre crescimento e desenvolvimento.

Uma dica de comunicação!

Desenvolvimento sustentável não significa meio ambiente somente!
Desenvolvimento sustentável significa tirar milhões de pessoas da pobreza extrema, que não tem como usufruir das maravilhas do mundo moderno como eletricidade, por exemplo.
Desenvolvimento sustentável é progresso, aumento qualitativo, Como por exemplo, menores taxas de analfabetismo e pobreza, maior expectativa de vida, mais lazer, melhor qualidade ambiental, liberdade, justiça social e bem estar, etc.
Desenvolvimento sustentável é transferir riqueza. É aumentar o nível de consumo dos mais pobres!
Ora, nenhum partido político moderno jamais conseguiu apoio para um programa que transfira riqueza para os mais pobres à custa ou sequer ao sacrifício do crescimento para os mais ricos e poderosos!
É louvável, portanto, que 23 anos depois de ser formulada pela Comissão Bruntland em 1987 a expressão "sustentabilidade" ou "desenvolvimento sustentável" tenha sido introduzida no debate eleitoral pela candidata Marina.

Uma dica de comunicação! 

Os outros dois candidatos falam e prometem um crescimento anual de 7% a.a. Em dobrar o PIB para US$3,0 trilhões e aumentar a renda per capita em + 50% para US$15 Mil nos próximos 12 anos.
Marina deveria persuadir os jovens, e qualquer cidadão responsável, que ela tem as respostas para as seguintes perguntas:

1. Crescimento do que?

2. Para quem?

3. A qual custo?

4. Qual a necessidade real?

5. Qual a maneira mais direta e eficiente para beneficiar aqueles que necessitam realmente?

6. Quanto é suficiente?

Por enquanto Marina não convenceu os críticos a ponto destes comentarem ser ela a candidata de uma nota só!
Espero, para o bem do país e ao contrário do presidente Lula, que a candidatura de Marina não mingue!
Costumo dizer que a candidatura de Marina é natural! Sem trocadilho! 
Marina fica feliz quando as entrevistas começam, já a Dilma, por exemplo, fica feliz quando as entrevistas terminam.
Marina morena, você sabe comunicar! Foco no contraste!
Marina morena torço para que você e o tema do desenvolvimento sustentável tenham chegado para ficar.

Obrigado pela luta e que Deus te proteja!



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